SumUp lança qualificação em tecnologia para capacitar grupos minorizados

Curso, realizado em parceria com a ONG Generation Brasil, durará três meses e terá 40 vagas; turmas chegam a ter 90% de alunos contratados por empresas parceiras

Apesar do recuo na taxa de desemprego, que caiu de 14,1% para 13,7% segundo dados atualizados do IBGE, ainda há 14,1 milhões de brasileiros em busca de trabalho. A situação é mais alarmante entre grupos minorizados. Por exemplo, dados de março deste ano apontavam que 72,9% da quantidade total de pessoas desempregadas eram negras. Contudo, para mudar esse cenário, algumas empresas criam iniciativas para qualificação de mão de obra e treinamento, a fim de tornar o mercado de trabalho mais igualitário e diverso.

Esse é o caso da SumUp, multinacional de soluções financeiras para microempreendedores, que lança hoje uma parceria com a ONG Generation Brasil para ajudar profissionais de grupos socialmente minorizados a fazer transições para carreiras promissoras atualmente. Na ação, que focará no treinamento de jovens negros, mulheres, grupos LGBTQIA+ e em situação de vulnerabilidade econômica e social, a SumUp e a Generation Brasil selecionarão 40 pessoas para cursar, por três meses, um programa de capacitação gratuito, que os deixará prontos para seguirem carreira na área de tecnologia.

As inscrições podem ser realizadas no site https://gen.jobs/genbra até o dia 18 de outubro e estão abertas para jovens de 18 até 30 anos, que possuam ensino médio completo e residam a até 100 km da cidade de São Paulo. A expectativa da SumUp é que 70% dos aprovados sejam negros e que 70% sejam mulheres e pessoas LGBTQIA+ – ou seja, haverá escolhidos que serão tanto negros quanto mulheres quanto pessoas LGBTQIA+.

“Hoje, o índice de desemprego é ainda maior entre os mais jovens, chegando aos 31% na faixa etária entre os 18 e 24 anos, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em agosto. Por isso, decidimos realizar essa parceria com a Generation Brasil para capacitar essa parcela da população, aumentar a diversidade no setor e treinar novos profissionais em tecnologias relevantes para a SumUp e para o mercado como um todo”, explica Gabriel Ricci, head de engenharia da fintech.

Do total de vagas disponíveis para a capacitação oferecida pela Generation Brasil, até 10 delas serão destinadas a colaboradores da SumUp. “Trabalhamos com muita gente boa. Por isso, consideramos muito importante oferecer essa oportunidade a pessoas que já trabalham com a gente e que, com o programa, podem ir mais longe dentro da organização”, afirma Ricci.

De acordo com Felizitas Lichtenberg, head global de diversidade e inclusão da SumUp, "o programa é uma maneira de empoderar e retribuir às comunidades que servimos. Ainda há muito a fazer, e queremos ajudar a melhorar a vida de grupos minorizados e em situação de vulnerabilidade. Às vezes, eles só precisam de uma oportunidade para ir mais longe."

Ao final da capacitação, o objetivo é que alguns dos talentos sejam contratados pela SumUp – a quantidade dependerá da demanda da empresa por posições de tecnologia. Para quem não receber o convite, ainda há grandes chances de conseguir uma oportunidade em outras empresas parceiras da ONG. Segundo a Generation Brasil, até 90% dos alunos conseguem um emprego em até 180 dias após o fim das turmas.

“Temos o objetivo de transformar a educação de tecnologia para empregabilidade, formando talentos diversos em habilidades exigidas pelo mercado e, dessa forma, contribuir para fechar a demanda de profissionais da área que deve chegar a 421 mil postos de trabalho em 2024, segundo a Brasscom. Sabemos que muitas oportunidades, como as oferecidas na área de tecnologia, não estão ao alcance de muitos jovens, em especial, em situação de vulnerabilidade econômica e social. Por isso, a Generation Brasil oferece um programa que aborda tanto competências técnicas como comportamentais, a partir de uma metodologia testada em 14 países e que se conecta com as demandas de mercado. Além disso, trabalhamos para aumentar o número de mulheres e pessoas negras na área, fornecendo chances reais de uma nova carreira próspera para jovens de alto potencial”, afirma Adriana Carvalho, CEO da Generation Brasil.

O programa é integral e online, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Caso o participante não tenha os equipamentos necessários, como notebook, e acesso à internet, a Generation Brasil fornecerá as ferramentas, mediante análise da sua equipe de assistência social. Fora o conteúdo técnico englobado nas aulas, 30% do programa será focado no desenvolvimento das soft skills, ou seja, de habilidades comportamentais.

Sobre a SumUp  

A SumUp oferece soluções financeiras para micro e pequenos negócios. Criada na Europa em 2012, a empresa possui mais de 2.500 colaboradores ao redor do mundo, 14 escritórios e operações em 34 países. No Brasil, está presente desde 2013, empregando 1.000 pessoas, sendo 60% mulheres e 24% LGBTQIAP+.

Nascida como uma empresa de maquininhas de cartão, a SumUp se transformou em uma companhia de soluções completas, como banco digital, links de pagamento, empréstimos e educação financeira. Em março de 2021, a fintech anunciou um aporte de 225 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) na operação brasileira, a fim de expandir seus negócios e seguir empoderando microempreendedores do País.

Sobre a Generation Brasil

A Generation é uma organização sem fins lucrativos independente com a missão de transformar sistemas de educação para o emprego para preparar, inserir no mercado e apoiar pessoas em carreiras que transformem suas vidas e que, de outra forma, seriam inacessíveis. Até hoje, mais de 45.000 jovens se formaram nos programas da Generation ao redor do mundo, em 180 cidades e 14 países. No Brasil a Generation já formou mais de 1200 pessoas na carreira de Desenvolvedor (a) Full Stack Java Junior, em dezembro formará a primeira turma de Desenvolvedores Mobile e já opera em 3 cidades: São Paulo, Campinas e Recife. A Generation tem um compromisso com a diversidade e inclusão tanto dentro da organização como com o público que atende, firmando parcerias com organizações que reconhecem a importância do tema. Hoje, 75% do time interno da ONG é composto por mulheres, 50% das pessoas se autodeclaram negras e 25% são da comunidade LGBTQIAP+.